Resíduos Infectantes
1. Como realizar o descarte de resíduos de meios de culturas líquidos após autoclavagem?
Após a autoclavagem o meio de cultura líquido já descontaminado precisa está com o pH neutro e sem contaminantes como por exemplo antibióticos; caso haja algum contaminante o resíduo deverá ser neutralizado se possível e armazenado em um recipiente para ser descartado como resíduo infectante.
2. Descarte de micro-organismos, culturas de micro-organismo, sobras de amostras contaminadas, como devo descartar?
Realizar a descontaminação através da inativação física com autoclavação a 121° por 20 min e descartar em saco branco leitoso até 70% de sua capacidade e identificado com etiqueta de infectante e disposto no abrigo de resíduos.
3. Como devo descartar um resíduo infectante?
O resíduo não infectante depois de descontaminado deverá ser armazenado em saco branco até o seu limite de 70%.
Etiquetar o saco com a etiqueta de infectante do campus.
Levar o saco ao abrigo de resíduo de infectante, pesar o resíduo e anotar na planilha do abrigo a massa e o código do IBAMA e descartar nos tambores do abrigo.
4. Culturas e estoques de micro-organismo, resíduos de produtos biológicos e instrumentos utilizados para transferência e inoculação ou misturas de podem ser inativadas com hipoclorito?
Sim podem. Utilizar a solução de hipoclorito a 1%.
OBS: Hipoclorito de sódio comercial possui 5 a 12% de concentração e “água sanitária” 2%.
Após a inativação neutralizar a solução de hipoclorito antes de descartar e o resíduo biológico verificar a sua composição para realizar a neutralização e o descarte adequado.
5. Como realizar o descarte de maravalha? (pergunta já contemplada na 8)
A maravalha não contaminada não necessita de tratamento prévio e deve ser armazenada em saco branco leitoso até 70% de sua capacidade, identificar o saco com a etiqueta de infectante e realizar a disposição final no abrigo de infectante (procedimento descrito em outra pergunta).
Caso a maravalha esteja contaminada a mesma deve ser descontaminada através da inativação física com autoclavação a 121° por 20 min e descartar em saco branco leitoso até 70% de sua capacidade e identificado com etiqueta de infectante e disposto no abrigo de resíduos infectantes.
6. Como descartar carcaças, vísceras e outros resíduos de animais que não foram inoculados com agentes biológicos?
Estes resíduos são classificados como infectantes do Grupo A4. Devem ser acondicionados em saco branco leitoso, devidamente identificado, não ultrapassando a capacidade máxima de 70% de seu volume, e armazenado em freezer -20°C até o momento da coleta pela empresa responsável pela destinação final. Considerando a classificação deste resíduo, não há então necessidade de tratamento prévio pelo gerador.
7. Como descartar carcaças, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica?
Estes resíduos são classificados como infectantes do Grupo A2 e portanto não podem deixar a unidade geradora sem tratamento prévio. Devem ser inicialmente acondicionados de maneira compatível com o processo de tratamento a ser utilizado, em saco resistente à autoclavação. Após o tratamento, devem ser acondicionados em saco branco leitoso, devidamente identificado, não ultrapassando a capacidade máxima de 70% de seu volume, e armazenado em freezer -20°C até o momento da coleta pela empresa responsável pela destinação final.
8. Como devo descartar as forrações das caixas de manutenção de animais?
São classificadas como resíduos do subgrupo A1 as forrações, bem como os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica, não podem deixar a unidade geradora sem tratamento prévio. Devem ser, portanto, dispostos primeiramente em saco resistente à autoclavação. Após autoclavação (ciclo: temperatura-121°C, tempo-20 min), devem ser acondicionados em saco branco leitoso, devidamente identificado, não ultrapassando a capacidade máxima de 70% de seu volume e ser colocado no abrigo de resíduos infectantes para aguardar a coleta da empresa responsável pela destinação final.
No caso de forrações utilizadas para animais em que não foram inoculados com agentes biológicos, classificadas como resíduos do grupo A4, devem ser acondicionados em saco branco leitoso diretamente, devidamente identificado, não ultrapassando a capacidade máxima de 70% de seu volume e ser colocado no abrigo de resíduos infectantes para aguardar a coleta da empresa responsável pela destinação final.
9. Como descartar recipientes com sobras de amostras de laboratório e materiais contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre, resultantes do processo de coleta?
Estes resíduos são classificados como infectantes do Grupo A1 e portanto não podem deixar a unidade geradora sem tratamento prévio. Desta forma devem ser submetidos ao processo físico de descontaminação (ex. autoclavação) ou outros processos (ex. químicos) que vierem a ser validados para a redução ou eliminação da carga microbiana. Após o tratamento, devem ser acondicionados, de acordo com a especificidade do item, em saco branco ou coletor para material perfurocortante, devidamente identificado e não ultrapassando a capacidade máxima de 70% de seu volume. É de responsabilidade do gerador transportar o resíduo ao abrigo de infectantes.
10. Como descartar sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de animais e pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes classe de risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação?
Estes resíduos são classificados como grupo A4, dessa forma, não necessitam de tratamento prévio, devem ser acondicionados em saco branco leitoso diretamente, devidamente identificado, não ultrapassando a capacidade máxima de 70% de seu volume e ser colocado no abrigo de resíduos infectantes para aguardar a coleta da empresa responsável pela destinação final.
11. Como descartar recipientes e materiais resultantes de experimentação, que não contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre?
Estes resíduos são classificados como grupo A4, dessa forma, não necessitam de tratamento prévio, devem ser acondicionados em saco branco leitoso diretamente, devidamente identificado, não ultrapassando a capacidade máxima de 70% de seu volume e ser colocado no abrigo de resíduos infectantes para aguardar a coleta da empresa responsável pela destinação final.
12. Plásticos de laboratório que não entraram em contato com microorganismos, sangue ou líquidos corpóreos na forma livre podem ser descartados como reciclável?
Não, qualquer resíduo plástico de laboratório (tubos de centrifugação, frascos plásticos, barquinhas, entre outros) devem ser descartados como resíduos do grupo A4. Esses materiais devem ser acondicionados em saco branco leitoso ou caixa para material perfurocortante, devidamente identificado, não ultrapassando a capacidade máxima de 70% de seu volume e ser colocado no abrigo de resíduos infectantes para aguardar a coleta da empresa responsável pela destinação final.
13. Embalagens de plástico ou papel provenientes de laboratório em que se manipulam agentes biológicos podem ser descartados como material reciclável?
Sim, desde que não tenham entrado em contato direto com material potencialmente infectante, materiais como: caixas de luvas, embalagens plásticas diversas, caixas de papelão, rolos de papel alumínio, entre outros, poderão ser descartados como materiais recicláveis.
14. Como devem ser descartados caixas de isopor em que entraram em contato com amostras biológicas?
Assim como os frascos de resíduos químicos, essas caixas devem receber o mesmo tratamento e destino final que a amostra que entrou em contato.
Se a amostra for classificada como resíduo do grupo A1, essa caixa deverá passar por um processo de inativação, de preferência lavagem com hipoclorito de sódio. Posteriormente, deverá ser acondicionada em saco branco leitoso, devidamente identificado, não ultrapassando a capacidade máxima de 70% de seu volume e ser colocado no abrigo de resíduos infectantes para aguardar a coleta da empresa responsável pela destinação final. Se a amostra for classificada como grupo A4 não há necessidade de passar por processo de inativação, podendo ser descartada diretamente em saco branco.
Para caixas de isopor que não entraram em contato direto com as amostras biológicas, podem ser descartadas como resíduo reciclável.
15. Como devem ser descartados os gelos artificiais reutilizáveis (gel ou espuma) utilizados para transportar amostras biológicas?
Assim como os frascos de resíduos químicos, esses gelos devem receber o mesmo tratamento e destino final que a amostra que estava em contato.
Se a amostra for classificada como resíduo do grupo A1, esse gelo deverá passar por um processo de inativação, de preferência lavagem com hipoclorito de sódio. Posteriormente, deverá ser acondicionado em saco branco leitoso, devidamente identificado, não ultrapassando a capacidade máxima de 70% de seu volume e ser colocado no abrigo de resíduos infectantes para aguardar a coleta da empresa responsável pela destinação final. Se a amostra for classificada como grupo A4 não há necessidade de passar por processo de inativação, podendo ser descartada diretamente em saco branco.
Para gelos que não entraram em contato direto com as amostras biológicas, a parte plástica pode ser descartada como resíduo reciclável e a parte em gel ou espuma deverá ser descartada como resíduo comum.